sábado, 24 de novembro de 2012

Entre pausas



segue a vida:
escondida
esculpida
em lacunas do tempo
esquecida!

Nas esquinas vazias
nas noites escuras
em letras e rimas
frias molduras:
do medo
da dor
do segredo
distante amor!

Por entre notas
construo rotas
tortas

portas
:do eterno aprender.

Frio-destino
sorriso-menino...
Tronco-raiz
:cicatriz!


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Voz



Quando um poeta se cala
Morre uma estrela
A esperança esconde-se na mala
Para nunca revivê-la.
Cessa-se a voz dos ventos
nos eternos ciclos lunares
Choram-se sonhos e pensamentos
Esquecidos em seus pesares.

Quando um poeta se cala
Há vida no espaço a  morrer
É o Amor que perde a fala
Mesmo antes de nascer...
Porque é preciso coragem para amar
E muito mais para dizer “ Eu te amo”
Vivemos um tempo: É proibido sonhar
: é ser fraco, pequeno e humano!



Nesse universo de gigantes
Deixe-me ser pequena, então!
Ser  fortaleza de cristais cintilantes
Condenada ao frio da mística solidão!
Quero UM AMOR pra vida inteira
Além dos muros desse castelo
Trazer o horizonte e uma esteira
E o arco lunar, em você,  ser o elo.




quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ser:tão




Já dizia o velho mestre:
-Sertão é dentro da gente.

É tarde que entristece
É noite que envelhece
É Dia que não acontece!

: é sentimento de mundo. É vastidão.
: é terra esfarelada. É azul-solidão!
  
-      "  O senhor tolere. Isso aqui é Sertão."

É gente rude - de grandes sonhos-
Trabalho duro. Olhar tristonho.
Mão calejada... Pelo Sol, queimada
Mas a família, por muitas luas, alimentada!


O sertão?
Não é pra bandas dos Gerais
Nem é nos campos de Goiás.

: é dentro da gente. Que não germina semente
: na aridez da alma e da mente.

É a falta de sentimento. É a esperança morta.
O coração que não sonha e
o  canto que não brota.

O meu sertão
É silêncio da alma. É a noite que desce.
É a força da vida, nas mãos unidas...
Murmurando uma prece.









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